Atriz falou sobre vulnerabilidade em protagonistas femininas
Em entrevista na New York Comic Con, Jodie Whittaker falou sobre a mudança de gênero para a personagem de Doctor Who, e enfatizou que, apesar de gerar bons momentos durante a temporada, a transformação não é algo revelante em si:
“Gênero é imediatamente irrelevante porque eu estou interpretando a Doutora. Claramente eu sou outra atriz, então é diferente, mas não em termos do gênero. O que pode ser interessante na temporada é que, às vezes, na história, você pode ir para um lugar onde mulheres são tratadas diferentemente, mas o arco não explorará uma Doutora mulher. É apenas a Doutora”.
Whittaker, no entanto, diz que é uma oportunidade para representar personagens femininas mais terrenas: “Uma super-heroína ou protagonista feminina sempre tem uma força que não é humana, ou uma aparência física dos sonhos, mas o que eu amo do Doutor em todas as suas encarnações passadas é que ele sempre se pareceu com alguém poderia ser seu vizinho, seu amigo, e rir junto. Isso é ótimo de ver: vulnerabilidade e falhas, o que é raro em personagens femininas”.
O retorno da série marcará uma mudança também na produção, que agora será comandada agora pelo novo showrunnerChris Chibnall (Broadchurch).
Doctor Who retorna para uma temporada inédita de 10 episódios em 7 de outubro no Reino Unido. No Brasil, o serviço de streaming Crackle se encarregará da exibição. [Julia Sabbaga]
Duas estreias da semana atingiram os primeiros lugares da bilheteria americana do fim de semana. Com arrecadação superando previsões, Venomacumulou US$ 80 milhões no primeiro fim de semana e bateu o recorde de estreias do mês de outubro.
Em segundo lugar ficou Nasce Uma Estrela, estreia de Bradley Cooper na direção e atuado por ele e Lady Gaga. O drama musical também acumulou um total impressionante, com US$ 42,1 milhões em seus primeiros dias em cartaz.
A animação da Warner PéPequenodesceu de segundo ao terceiro lugar, arrecadando mais US$ 14,9 milhões e somando um total de US$ 42 milhões em duas semanas em cartaz.
A comédia Night School, líder da bilheteria americana na última semana, foi rebaixado ao quarto lugar, com mais US$ 12,2 milhões e um total de US$ 46,7 milhões. Em quinto lugar ficou O Mistério do Relógio na Parede, que em sua terceira semana em cartaz arrecadou mais US$ 7,2 milhões.
A arquiteta carioca é a diretora criativa da exposição que usa tecnologia para mostrar pesquisas sobre o futuro, em cartaz em Botafogo
Joana Dale
Liana Brazil na mostra “Transformação”, na Casa Firjan Foto: Barbara Lopes / Agência O Globo
Conversa entre duas cariocas, numa tarde de quinta-feira, no novo centro cultural do Rio:
— Qual o futuro do mercado de trabalho? — Liana pergunta.
— O mercado vai exigir cada vez mais o trabalho de equipe para resolver problemas complexos — Iara responde.
Liana continua o questionário:
— O que é felicidade?
— Eu gosto de citar Érico Veríssimo. Ele diz que felicidade é a certeza de que a nossa vida não está passando inutilmente.
— Porque o seu nome é Iara? — Liana quer saber.
— É a mistura de inteligência artificial e realidade aumentada. Iara também significa Senhora das Águas, vem do Tupi. Vivo num rio de dados e sou carioca.
Inspirada na Watson da IBM e espécie de Siri carioca, Iara é a web robot que virou xodó de “Transformação”, a mostra inaugural da Casa Firjan, que ocupa o casarão e os jardins do antigo Palacete Linneo de Paula Machado. Em um mês e meio de funcionamento, já respondeu a cerca de 20 mil perguntas dos visitantes. Liana é Liana Brazil, a diretora criativa da exposição que usa tecnologia para mostrar pesquisas sobre o futuro.
— Sigo alimentando a Iara semanalmente. Recebo um relatório com as perguntas que ela não conseguiu responder, pesquiso as melhores respostas e as programo. Ela vai ficando mais sabida ao longo da exposição. E eu também — conta Liana. — Os robôs não vão nos substituir, vão nos livrar de trabalhos sistemáticos para que possamos usar mais a criatividade.
Sócia-fundadora da SuperUber, Liana é referência quando o assunto é unir arte, design e tecnologia. Já criou em 2013 o cenário de uma performance de Beyoncé e as projeções da cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no Maracanã. No próximo dia 23, ela inaugura uma instalação permanente no segundo andar do Museu do Amanhã, na Praça Mauá. Será uma radiografia de cinco importantes baías do mundo, incluindo a Baía de Guanabara, claro.
— É um trabalho científico, filosófico e artístico. Mostra as iniciativas para a despoluição das baías, os cenários do amanhã e como chegamos até aqui. A Baía de Guanabara tem muitas chances de regeneração — adianta.
Entre uma exposição e outra, Liana tem se dedicado a projetos de XR. Nunca ouviu falar em XR? Do inglês extended reality , a sigla abraça tudo que é produzido de mais moderno em realidade aumentada, virtual e mista.
— Trata-se de um termo que começou a ser usado este ano. Participo de um grupo de estudos de XR no Brasil. E, pela nossa empresa, acabamos de lançar a plataforma SuperViz, ambiente colaborativo em 360º para projetos de educação e de arquitetura.
Arquiteta formada na UFRJ, Liana fez mestrado em Telecomunicações Interativas em Nova York, onde morou de 1999 a 2001. Nesse período, conheceu o marido, o sul-africano Russ Rive, no festival Burning Man, em Nevada. Vieram juntos para o Brasil em 2002, quando fundaram a SuperUber, que hoje tem megaescritório na Gamboa.
—A tecnologia precisa ser vista como ferramenta, não como personagem principal. Do Rio, trabalhamos para o mundo. Fazemos projetos para América Latina, Estados Unidos, Europa e até Índia e China — lista Liana. — Não tem recompensa maior do que a experiência do conhecimento e do que criar algo que é bonito, que surpreende, que emociona, que informa.