Além de desenvolver um produto, profissionais precisam aprender a apresentá-lo ao público, explica professor

Atitudes empreendedoras são cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho e, consequentemente, alcançam as grades de instituições de ensino, dispostas a preparar os seus alunos para os novos tempos. Entre elas, aparece o Centro Universitário Belas Artes que, em fevereiro de 2017, reforçou o Núcleo de Empreendedorismo e Inovação(NEI) e passou a acompanhar não só estudantes que já tinham projetos em desenvolvimento, mas os “clarouros” diante desse novo cenário. “Quanto mais cedo, a tendência de gerar negócios é maior”, disse Dario Vedana, coordenador do NEI.
Lá, os estudantes podem pensar em um projeto, criar um protótipo, validar e lançá-lo. Depois, ainda recebem monitoria sobre questões diversas questões, como logística e marketing.
Entre os casos de sucesso, aparece o de Gabriela Rossato, que estudou Arquitetura e Urbanismo na instituição, e lançou a marca SeuPetArt. Ela cria obras em quadros, pôsteres e capinhas de celular com imagens de bichos de estimação. Além das vendas, ela reverte parte do lucro para entidades que resgatam e tratam de animais abandonados.
Outros nomes é o The Calla Guide, um serviço de assinatura que entrega mensalmente uma caixa de cosméticos veganos aos clientes.
A pedido da Casa Vogue, Vedana citou três atitudes empreendedoras que se mostram tendência no mercado.
Confira:
1- Faça você mesmo
Hoje, está mais fácil empreender que anos atrás. A popularização de novas tecnologias digitais, ferramentas de negócios e meios de pagamento online e novos conhecimentos globais – antes restritos a grandes empresas e governos – contribui para desenvolver uma ideia e transformá-la em um negócio lucrativo e sustentável.
Segundo Vedana, é possível ver empreendedores que, além de criarem um novo produto, assumem o controle de diversas frentes, como divulgação e marketing, seja na criação de vídeos, fotos e sites. Um exemplo são as redes sociais e o Instagram, que vem sido usados como vitrine para diversos trabalhos.
2 – Felicidade e propósito
Outro ponto em comum entre os novos empreendedores é a busca por um trabalho que ele acredite, com um propósito. “Ele está disposto a fazer o que o faz feliz”, diz Vedana. Outro ensinamento importante é saber enfrentar possíveis obstáculos no percurso. “É saber lidar com erro e encarar o fracasso como um grande aprendizado na vida”
3 – Impacto social
Outra tendência no setor, de acordo com o especialista, é desenvolver projetos que causem impacto social. “É preciso retornar para a sociedade o que você está ganhando, [em áreas] que têm a ver com a sua causa”, disse. “A essência do design está nisso, e o nosso papel é poder despertar nos jovens o que eles têm de melhor”.
Além disso, reforça, é ajudar os estudantes a tomar consciência do que é importante para eles e que resolve os problemas atuais.
“Grandes negócios começam pequenos e sustentam porque ajudam as pessoas em suas necessidades”, conclui.